Somos fracos, pequenos, errantes seres
Da terra fomos feitos
Que ao pó, dos vermes seremos lazeres
E o que se eterniza é o que se tem ao peito.
Na tumba gélida, pálidos estaremos
Do sol não pegaremos a cor
Nas águas não mais remaremos
Das doces frutas não sentiremos o sabor.
Somos a miséria do mundo
Os que exercem domínio irracional
Da vida a morte em um segundo
Nenhum corpo, jamais, eternal.
Tantos sonhos, tantos desejos vis
Planos e metas categoricamente traçados
A morte entregar-me nunca quis
Mas a esse fim fomos destinados.
Idealização fútil, definição errante
Das águas evoluíram
Os céus conquistaram, secantes
E voltaram ao pó que surgiram.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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